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Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça enquanto o mundo se despedaça à sua volta e pa

26 de outubro, 21h Theatro São Pedro - Praça da Matriz, S/N, Centro Histórico, Porto Alegre

(Foto: Francisco Gick)

Desejando comemorar junto ao público portalegrense seus 6 anos de pesquisa e criação, o Errática volta a Porto Alegre com quatro espetáculos, sendo um inédito, após o circuito nacional Palco Giratório 2018, com a mostra Fluxos: 6 anos de ação do Coletivo Errática no Theatro São Pedro, de 26 a 28 de outubro.

A Fluxos apresenta a estreia de seu novo espetáculo “Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça enquanto o mundo se despedaça à sua volta e parece que a única coisa certa a fazer é algo sem sentido como dançar uma lambada; e você̂ dança.”, além de 3 trabalhos em repertório – “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora”, “PLUGUE: um desvio imaginativo” e “Alaranjado” -, a realização da oficina “Laboratório de percepção” na PUC.

Com essa mostra, o Errática propõe um pensamento sobre temas importantes do mundo contemporâneo e que se tornaram emergências para o momento vivido pelo Brasil, a diferença como única saída possível para construir modos de viver coletivamente no mundo, a responsabilidade do artista no seu tempo e a necessidade de manter-se vivo, presente e resistindo, sempre.

“Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça enquanto o mundo se despedaça à sua volta e parece que a única coisa certa a fazer é algo sem sentido como dançar uma lambada; e você dança” é uma apropriação de “A Gaivota”, de Anton Tchekhov, em um dispositivo-gaivota que desloca os personagens e a narrativa tchekhovianos buscando ecoar seus sentidos num Brasil que passa por um processo tortuoso de desagregação. O que fazer enquanto o mundo se despedaça à sua volta? Quando a possibilidade de diálogo se esvazia? O que há no horizonte? Não há respostas, apenas perguntas lançadas em direção ao passado, ao presente, ao teatro e a Tchekhov.

"A Gaivota" foi escrita por Anton Tchekhov no final do século XIX, numa Rússia em franco processo de transformação social. Segundo o autor, uma comédia com pouca ação, muita discussão sobre literatura e toneladas de amor, que começa forte e termina pianíssimo. O texto tece uma narrativa de desejos não efetivados em relação à arte, ao teatro, ao amor, à vida, de personagens incapazes de compreender completamente seu destino, mas que não cessam de buscar algum sentido para suas existências. Ficha técnica: Direção: Francisco Gick/ Dramaturgia: Francisco Gick a partir de “A Gaivota” de Anton Tchekhov/ Elenco: Claudio Loimil, Diogo Rigo, Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann, Jezebel De Carli, João Pedro Decarli, Mani Torres e Nina Picoli/ Cenografia: Guega Peixoto e Francisco Gick/ Figurino: Gustavo Dienstmann/ Iluminação: Carol Zimmer/ Sistema de Sensores: Paula Pinheiro/ Trilha Sonora: Vitório Azevedo/ Cenotécnica: Daniel Fetter/ Produção: Guega Peixoto/ Realização: Coletivo Errática.

Ingressos:

Plateia: R$ 30,00 / Camarote Central: R$ 20,00 / Camarote Lateral: R$ 15,00 / Galerias: R$ 10,00 na bilheteria do Theatro São Pedro

Classificação: 14 anos / Duração: 65 minutos

(Foto: Francisco Gick)

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