220 Cartas de Amor (RJ)
220 Cartas de Amor 31 de outubro, 21h Theatro São Pedro - Praça Marechal Deodoro, s/n
Ele morava em Porto Alegre. Ela, em Santa Maria. Mesmo cinco décadas depois, ao abrir e ler as cartas, é possível perceber que o amor segue lá, vivo e turbulento como costuma ser. E traz consigo outras histórias. Histórias de uma época em que as distâncias pareciam maiores e o tempo era realmente outro. Criado a partir das cartas trocadas pelos pais do ator Renato Farias quando eram namorados, entre 1956 e 1962, o espetáculo “220 Cartas de Amor” estreia no Theatro São Pedro, com apresentação única, no dia 31 de outubro, às 21h. No dia seguinte, a peça segue para a cidade de Santa Maria (com uma apresentação no Theatro Treze de Maio, às 21h). Os atores Renato Farias e Gaby Haviaras, se apropriam da correspondência de Mariade Lourdes Lang e Lourenço Renato Medeiros de Farias, sob a direção de Rafael Sieg. “Optamos por um caminho mais documental, mas com liberdade para algumas licenças poéticas. A dramaturgia se dá a partir da relação de amor construída através das cartas. A distância entre eles acabou nos parecendo fundamental para que o amor perdurasse.”, comenta o diretor do espetáculo.O material encontrado por Renato após o falecimento de seu pai, em 1998, ficou guardado por quase 20 anos. “Eram mais de 300 cartas, e pensamos sobre a possibilidade de transformá-las em um espetáculo pela primeira vez há uns quatro anos, tendo em vista o nosso deslumbre frente ao potencial literário destes documentos. Este ano, a partir de uma mobilização familiar, achei que era hora de colocar o projeto em prática.” Quebrando estereótipos, 220 Cartas de Amor apresenta um casal onde o homem não tem medo de ser romântico, lírico e delicado. Enquanto a mulher se permite ser mais retilínea, racional e objetiva (além de despojada e com uma atitude que, mesmo pelos padrões de hoje, pode ser considerada feminista). “Em um primeiro momento, pensamos em fazer um questionamento a partir dos nossos corpos em um espetáculo de dança, o que acabou não acontecendo. Mas a questão de gênero, de certa forma, persiste no espetáculo”, afirma Gaby. “No entanto, o mote da narrativa é o amor e a relação com o tempo.”
Formada em 2005, a Companhia Teatro Íntimo (RJ) propõe em seus trabalhos que não haja barreiras entre atores e espectadores – de forma que a comunhão não se dê apenas no aplauso final, mas, sim, antes, durante e depois dos espetáculos. Conceitos como horizontalidade, singularidade, intimidade, afeto e a importância da palavra poética traduzem o foco da pesquisa do grupo, que conta com outros 16 integrantes. No currículo da Cia, constam espetáculos como “Os Dragões” (2005), “Veridiana e eu” (2006), “Cuidado com o Cão” (2007), “Degustação Poética” (2008/2009) “Histórias da Democracia” (2008/2009), “Adélia” (2010), “8 Solos Acompanhados” (2011), “Dorian” (2012), “Ere, Piá, Curumim” (2013), “João Cabral” (2015); entre outros.
Ingressos: Plateia e cadeira extra R$ 60,00 / Camarote central: R$ 50,00 / Camarote lateral: R$ 40,00 / Galeria: R$ 30,00 50% para idosos, AATSP, classe artística, estudantes e jovens entre 16 e 29 anos, pertencentes a famílias de baixa renda, mediante comprovação de matrícula CADÚNICO;
Ficha técnica: Cia Teatro Íntimo / Direção: Rafael Sieg / Elenco: Gaby Haviaras e Renato Farias / Dramaturgia: Renato Farias – a partir da correspondência de Maria de Lourdes Lang e Lourenço Renato Medeiros de Farias / Produção RJ: Damiana Guimarães / Produção PA: Nara Maia / Cenário: Gigi Barreto / Figurinos: Tuca Sodré / Iluminação: Nara Maia / Trilha sonora: Rafael Sieg (seleção) / Projeto visual: Flavia Moretz / Projeto gráfico: Tarcísio Lara Puiati / Fotos: Carol Beiriz Duração: 60min/ Classificação etária: Livre