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Fala do Silêncio


(Foto: Adriana Marchiori)

Não é de hoje que a diretora Patrícia Fagundes persegue uma linguagem que aproxime seus espetáculo da estética, digamos, do cabaré, do musical. Foi assim lá atrás em "Sonho de uma Noite de Verão", foi assim em "A Megera Domada", foi assim em "Clube do Fracasso". Mas é, em "Fala do Silêncio", que, na minha opinião, a diretora alcança seu voo mais completo na investigação desta linguagem, não só pelo aprofundamento da pesquisa, mas pela mão segura na direção, no desenho das marcações e na condução firme do elenco. Aliás, é justamente no elenco que percebo os maiores méritos do espetáculo: estão sintonizados, equilibrados em suas atuações, precisos no jogo cênico, explorando com brilho as situações de humor.

Leonardo Machado arrasa com a sua desenvoltura e carisma contagiante. Empunha sua guitarra com vigor e com ela dita o ritmo do espetáculo. Lisandro Bellotto completamente à vontade nos "times " exigidos pela linguagem. E Priscilla Colombi... bem, da Priscilla sou suspeito pra falar, pois sou fã incondicional dela. Acompanho o desenrolar de suas atuações e sou só elogios.

Enfim, trata-se de um trabalho com o carimbo da Cia. Rústica, com a assinatura de Patrícia Fagundes. Certeza de um ótimo teatro. Daqueles que vale muito a pena sair de casa.

Roberto Oliveira, ator e diretor

(Foto: Adriana Marchiori)


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